quinta-feira, 16 de julho de 2009

CINEMA – ATORES QUE “REPRESENTAM” UM ELENCO POTENCIAL PARA O FILME DA LIGA DA JUSTIÇA (OU NÃO).


De tempos em tempos a internet é tomada por uma enxurrada de boatos sobre um filme da Liga da Justiça, o grupo de heróis que reúne os super-heróis mais fodas da DC Comics – de fato, é uma idéia que promete muito, mas que cai na questão de ser feito pelas pessoas certas e do jeito certo. Nessa medida, para além de uma direção competente, um elenco diz muito – quase tudo na verdade (Imagine se Charles Bronson tivesse conseguido o papel para interpretar o Super no filme de 1978? Ele tentou! Se tivesse logrado êxito, o diretor Richard Donner seria caçado até hoje pelos fãs com “desejo de matar” (não resisti ao trocadilho), que certamente não teriam aceitado facilmente um kriptoniano munido de uma magnun 44!)
Discutir um movie cast é conjecturar sobre possibilidades que, via de regra, só vão se concretizar em nossa imaginação. Recentemente encontrei uma imagem com ilustres figuras da telona associadas aos heróis poderiam interpretar. Como geek adora considerar tais possibilidades, vamos tecer algumas linhas sobre a tal imagem e “os escolhidos”.

Superman/Brandon Routh – O filme de B.Singer não emplacou, mas tem seus méritos. Dentre eles o ator que interpretou o Homem de Aço. Routh conseguiu evocar a lembrança dos trejeitos, vícios e virtudes de C.Reeves, ator que imortalizou a imagem do herói no cinema.


Batman/Christian Bale – Bale é o Batman. Batman é Bale.


Mulher Maravilha/Evangeline Lilly – A ilha do seriado Lost foi a Ilha Paraíso para o treinamento dessa atriz, que está prontíssima para dar vida à princesa Diana das Amazonas. Acho difícil que alguém discorde.


Flash/Ewan Mcgregor – Barry Allen teria o ar sensato e prudente do mestre Kenobi (destituído de sua barba e indumentária característica, evidentemente). Ewan é hábil... Será rápido o bastante? Tem meu consentimento.


Aquaman/Mark Wahlberg – Wahlberg funciona muito bem sempre que dirigido por alguém com cacife pra tal, mas é meio moreno pro Rei da Atlântida, não?


Ajax/Terry O’Quinn – Outro dissidente da ilha Lost, Terry é sinistro. Sim, sinistro. Um líder nato e sinistro. Isso com certeza daria um clima interessante para o marciano da equipe.


Lanterna Verde(Kyle Rayner)/Wes Bentley – O Kyle atual é pintado com as tintas dos dramas e perdas sofridas nas aventuras. Nesse sentido, o ar melancólico de Bentley cabe para este Gladiador Esmeralda, de outra forma, dificilmente...


Elektron/Matthew Fox – Lost ta com tudo, hein? Bom, esse cai no mesmo caso do Lanterna. Fox tem aquela cara de quem vai chorar a qualquer momento que pode condizer com o Ray Palmer do fim do épico divisor de águas chamado Crise de Identidade. Mas pensando bem, sejamos justos, diferente da condição imposta ao Lanterna, em Speed Racer o ator demonstrou que pode dar certo com o diminuto herói num formato mais descolado também.


Comente, acrescente idéias, atores e personagens. Divirta-se!


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Liga da Justiça - Era Detroit


Arte de Tom Grummett.

terça-feira, 14 de julho de 2009

QUADRINHOS – O QUE ESPERAR DA FASE DE JAMES ROBSON E MARK BAGLEY NA REVISTA LIGA DA JUSTIÇA?


Recentemente, o escritor Dwayne McDuffie foi demitido do título Liga da Justiça após criticar publicamente a DC Comics, queixando-se principalmente de não poder articular livremente as pratas da casa – entenda-se Batman, Superman e Mulher Maravilha – na revista. Em minha opinião, a verdade é que McDuffie é muito superior em outra mídia, pois os episódios do desenho animando da Liga assinados por ele beiram a perfeição, enquanto que na página impressa, digamos, o “buraco é mais embaixo” (roteiros insossos, “pobres”)... O que nos leva a dupla criativa escolhida para conduzir as aventuras do maior super-grupo do Universo DC: James Robson e Mark Bagley. O que esperar?
Como “apreciador em série” de HQs e DCnauta convicto, estou otimista. Conheci o trabalho do britânico James Robson com a minissérie STARMAN, reformulado após a polêmica saga ZERO HORA. Robson mata David, filho e sucessor de Ted Knight, em menos de três páginas e dá o ponta-pé inicial num novo conceito para o herói das estrelas e bastão cósmico – vemos Jack Knight, caçula de Ted, em uma seqüência épica de fatos que se sucedem para que ele, enfim, assuma seu lugar um herói, felizmente, incomum. Não raramente, escritores ingleses (e das redondezas) são geniais – o trabalho de Alan Moore, Grant Morisson, Mark Millar e Neil Gaiman nos quadrinhos e mesmo na literatura é praticamente indiscutível. Há pouco tempo tive a oportunidade ler a prévia de Cry for Justice, de Robson, e creio que o escritor conduzirá suas tramas pelo viés do questionamento da “prática” do heroísmo – e nesse contexto, a cronologia DC oferece amplas condições para histórias interessantes, uma vez que tantas escolhas obtusas foram feitas pelos heróis ao longo dos anos (em verdade, mais delas decididas pelo cenário mercadológico e sua perversa lógica do lucro máximo que todos envolve, do que ditadas pela a índole ou moral dos personagens). Acho que vamos nos divertir muito com as propostas e apontamento de Robson.
Bagley é sinônimo de compromisso. Recordista, esse desenhista possui uma narrativa dinâmica e inteligente – com desenhos bem feitos, limpos e “joviais”. Após acompanhar toda sua trajetória no título Ultimate Spider-Man (Marvel Millenium no Brasil – Sim, sou um DCnauta que lê o ultiverso Marvel religiosamente) tenho a dizer que o título está “garantido”. Quem ainda duvidar que procure alguma edição dos Vingadores ou mesmo Trindade, da DC, série protagonizada por Superman, Batman e Diana – Por sinal, é possível que Bagley tenha garantido seu lugar de destaque pelas edições em que a Liga aparaceu junto à tríade sagrada da DC. Atribuir o adjetivo “jovial” ao desenho de Bagley é reconhecer (ou admitir) uma tendência de retratar os heróis de forma esbelta e ágil – não interpreto como um vício. Acho que ele já provou se tratar de seu estilo, e nesse assunto, existe pouco a dizer sobre ser certo ou errado. É estilo e pronto (mas quem não concordar, evidentemente, pode compartilhar sua opinião conosco nos comentários).
A DC andou deixando claro suas intenções de evidenciar seus heróis menos conhecidos que compõem o time, logo Víxen, Raio Negro e Zatanna devem estar em foco. Costumo dizer que a história se repete, andando em círculos, e a DC, no passado, já optou por uma medida parecida – a Era Detroit da Liga não chega a dar saudades, acredite. Mas uma releitura não é algo ruim. A idéia de explorar personagens do “segundo escalão” é uma proposta é boa, com muito potencial. Cabe ser feita do jeito certo. Parece-me que Robson e Bagley são os caras certos, na hora certa, na revista certa – espero, como demais DCnautas, aventuras interessantes e bem narradas. Potencial pra isso eles tem. Estou otimista.